terça-feira, 5 de outubro de 2010

Queimadas no pantanal

O fogo é utilizado no Brasil desde antes da chegada dos Portugueses e consiste em uma "tecnologia agrícola" muito comum, para renovações de pastagem ou extermínio de pragas. As queimadas pode também ocorrer por um processo natural cujos efeitos estão ligados diretamente a sua intensidade e dimensão e possuem importância ecológica no ciclo de renovação da vegetação, floração e dispersão das sementes. Sua ocorrência depende de materiais inflamáveis, clima seco e uma fonte de ignição; se destacam os ecossistemas mais preponderantes e suscetíveis ao mesmo os vegetais naturais e as savanas, formações vegetais comuns no pantanal mato-grossense.
Mas sua ocorrência exaustiva pode trazer danos a saúde humana, além dos prejuízos ao meio ambiente, com, por exemplo, empobrecimento do solo, redução da biodiversidade, emissão de gases poluentes no ar etc.Justificando a relevância do monitoramento e controle da ocorrência de queimadas no pantanal.
As técnicas de sensoriamento remoto são muito utilizadas levando em consideração a sua eficiência na disponibilidade dos dados sobre sua localização e extensão, servindo de suporte as análises espaciais e de impactos sócios econômicos advindos do mesmo.
As queimadas são um arcaico método de produção agrária. Onde é colocado o fogo na massa orgânica seca, proveniente de corte da vegetação, com o fim de plantio de culturas como milho, feijão, mandioca, etc. Ou para provocar a rebrota do pasto. É o método tradicional dos índios brasileiros e dos cablocos.
Porém este método e extremamente prejudiciais conservação do solo e improdutivo.
O nitrogênio, principal nutriente das plantas é destruído por completo e os nutrientes restantes, fixados antes na matéria orgânica, são transformados em sais solúveis e se tornam disponíveis em demais as plantas ainda muito pequenas. Quando chove estes nutrientes são dissolvidos e levados pela água.
As queimadas podem ocorrer de diversas maneiras, desde acidental ate criminal.
Na beira do afasto e a mais comum por falta de consciência dos fumantes que jogam as bituca acesa pela janela dos carros.
Depende muito também da incidência da luz solar, mas se tiver um fundo de garrafa ou outro material que reflita a luz, pode funcionar como uma lupa e ocasionar incêndios.
no site da Embrapa foi dito que no mês de agosto ainda não terminou e o número de focos de calor identificados no Pantanal, até o dia 25, já chega a 2.717 focos – seis vezes mais que o número registrado em agosto do ano passado, quando foram computados 439 focos de calor no Pantanal. Com isso, o número de queimadas de julho a 25 de agosto, no Pantanal já chega a 3.154 – total maior que o valor máximo registrado no ano passado, quando foram identificados 2.001 focos de calor, no mês de setembro.
O número de focos de calor em agosto desse ano já supera os valores totais para os anos de 2000, 2002 e 2003, para o período crítico de julho a outubro.
A região do Nabileque é a mais atingida pelo fogo. No local, já foram registrados 1.021focos de calor, no período de junho a 25 de agosto desse ano. Nas sub-regiões do rio Paraguai e de Barão de Melgaço os focos de calor atingem a marca de 486 e 521, respectivamente. Ao redor da parte alta do município de Corumbá é possível observar que as queimadas no Pantanal estão formando um cinturão, cuja fumaça levada pelo vento deixa o ar da cidade poluído.
Bibliografia
http://www.cpap.embrapa.br/

Pedro Antonio Frasson Neto

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